Paula Pimenta é uma daquelas autoras que volta e meia me surpreendem de uma maneira deliciosamente viciante. Se você ainda não as resenhas de FMF 1 e FMF 2, então clica aqui e aqui, respectivamente, e saiba mais sobre as aventuras de Fani. Mas atenção! Essa resenha pode conter spoiler dos volumes anteriores, ok?

FMF 3 conta, basicamente, a vida de Fani pós-intercâmbio. Trazendo muito conhecimento e experiências na bagagem, ela espera que durante sua estadia na Terra da Rainha, nada tenha mudado aqui no Brasil e que seus amigos e familiares continuem os mesmos. Com o passar dos dias, ela vê que as coisas não são bem assim e, da mesma forma que ela tem que se acostumar de novo com o Brasil, o Brasil precisa lidar com a volta dela e sua repercussão. Além disso, ela ainda tem entender e resolver sua vida amorosa com Leo.

Eu sempre digo que o que torna Fazendo Meu Filme uma série fantástica, é a simplicidade da história. Fani é uma garota comum, com gostos e anseios completamente naturais a qualquer adolescente, que sofre por amor, pela pressão da mãe  e do vestibular e por ter que lidar com problemas tanto entre amigos, quanto na família. É impossível não ler e se encaixar em alguma fala ou em alguma situação. Tenho certeza que se um dia eu pudesse entrevistar a Paula Pimenta, ela diria que as situações vividas por seus personagens nos livros são tiradas do dia a dia, de gente que nem a gente. 

Acredito que mesmo que em FMF 2 a Fani tenha ido pra outro país, aprendido coisas novas, lidado com a distância e a saudade, foi no volume 3 da coleção que ela amadureceu de verdade. Foi nesse livro que a personagem percebeu que no cinema da vida, nós não somos espectadores. Somos personagens. De longe, Fazendo Meu Filme 3 - O Roteiro Inesperado de Fani, é o meu livro favorito de toda coleção (até agora).