Raciocina Comigo: Infância, amigas sem aspas e "bitch-mor"

terça-feira, março 26, 2013


Minha irmã de 9 anos chegou em casa bufando. A coleguinha da escola é aquele tipo de menina antipática que adora bancar a pop . Sempre detestei esse tipo de garota enjoada que odeia e sente nojo de tudo. Lembrei que na mesma idade, eu era "apaixonada" pelo peguete de uma das minhas melhores amigas. Ela era uma das únicas que não me zoava por eu ser gordinha e usar óculos de grau, e eu me sentia péssima por saber que seu ficante era o meu primeiro amor, mesmo que em segredo. As minhas outras "amigas" eram basicamente como as coleguinhas da minha irmã: chatas, pedantes, insuportáveis e pior é que eu andava com elas. Ok, muitos anos se passaram e eu não faço mais isso. Mas eu demorei muito pra conquistar amigas - assim, sem aspas - que me amavam e me aceitavam exatamente como era. A parte legal  é que estas eu conheço até hoje. Tudo bem, vá lá, não como antes. A gente já não faz piqueniques toda semana e nem dividimos o lanche da cantina, mas sempre que dá, nós nos vemos, vamos ao cinema ou ao teatro. Contudo, como dizem que desgraça pouco é bobagem, minhas amizades nunca duraram muito por um motivo simples e concreto, chamado confiança. Eu sempre tive um pé atrás com tudo e todos e a experiências que tive com as minhas coleguinhas (aquelas do início do texto) não me ajudaram muito a aprender a confiar. Segredos contados, fofocas espalhadas... Tudo isso me deixou traumatizada e até um tempo atrás eu não contava certas coisas - PASMEM! - nem pra minha mãe! Foi quando eu me mudei pro Espírito Santo, comecei a estudar no IFES, descobri que a garota que eu ainda confiava um pouquinho não era de taaanta confiança e conheci mas amigas do que eu já tive em toda a minha vida. E amigas de verdade, sem aspas, que me ensinaram que nem todo mundo é igual  as coleguinhas da 3ª série e que me chamam de bitch-mor - sim, a maior das vadias, em inglês porquê é mais emocionante. Foi nesses dois últimos anos também (dois anos em agosto!) que eu conheci a minha melhor amiga, a pessoa que eu mais confio mas que nunca abracei e nem vi pessoalmente, a Vitória, gaúcha de POA que fala gritando e atura os meus surtos. Pensei em dizer pra irmã deixar aquela garota pra lá e procurar pessoas que realmente lhe façam bem. Mas não. Primeiro o rascunho: mal feito, chato, irritante e dona da verdade. Depois as obras amigas-irmãs.

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2 comentários

  1. ja tive varias "amiguinhas" desse tipo na escola era a treva fofoquinhas segredinhos , apelidos como uma algumas criancinhas são maldosas né kk


    aaa ... e tem post novo lá no blog depois da uma passadinha ? ;D

    http://garotamoderninhaa.blogspot.com.br

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