Sempre fui uma criança bem gordinha e demorei uns bons anos pra aceitar meu biotipo. Na escola, os piores apelidos eram meus e estar acima do peso era quase um pecado capital. Mas quando a gente é criança, apesar de fiar magoado por um ou dois dias, a tristeza passa e tudo voltava ao seu lugar. 

Minha pediatra, que me acompanha (sim, no presente) desde recém-nascida, vivia dizendo que isso é comum e que muitas meninas emagrecem quando entram na adolescência. Graças a Deus, apesar de ser acima do peso, nunca tive problemas de saúde na infância. Só que nem tudo são flores. A adolescência foi chegando e nada de perder peso. Acho que foi umas das fases mais neuróticas da minha vida, viu? Comecei a me preocupar demais e me sentir desinteressante, até porque (na minha cabeça) as minhas amigas eram milhões de vezes mais bonitas que eu. Que loucura né? 

Antes eu acreditava que o problema era o meu corpo, mas hoje vejo que não. O problema era a minha auto-estima que só andava no pé e fazia com que eu me sentisse a pior das Fionas. Caminhava, fazia dietas loucas, ficava horas sem comer... Tudo isso sem perceber que estava entrando numa grande enrascada. Até que eu desenvolvi gastrite. Segundo minha endocrinologista, eu precisava fazer uma endoscopia para ter o diagnóstico completo e poder tratar aquela maldita doença que me fazia chorar comendo determinados alimentos. Com o resultado em mãos, descobrimos que eu estava com gastrite com H-Pilory, uma bacteriazinha chata que só fazia tudo piorar. Tive que tomar antibiótico: oito comprimidos por dia durante uma semana. 

Depois de curada, fiquei muito tempo sem beber refrigerante, café e nada ácido demais, o que ainda fazia meu estômago doer bastante. Hoje, eu tomo em quantidade moderado, já que às vezes ainda sinto dor. Daí para cá, parei de fazer besteiras com a minha alimentação e comecei a malhar. Mas meu propósito não era mais ser a magrinha bonitinha que eu descobri (tarde, mas sim) que nunca serei. Eu malho porque gosto, porque me sinto bem. Acho que só quem pratica algum exercício físico sabe quão confortável é se sentir mais disposto, mais ativo... 

Fiz acompanhamento com um nutrólogo, que me ajudou muito mesmo! Me vi perdendo 5 quilos em dois meses e sem me sentir mal, sabe? É incrível como uma alimentação equilibrada, um acompanhamento profissional e exercício pode mudar a vida de alguém. Eu ainda quero perder uns 8 quilos daqui para o ano que vem. Mas não é nada que me torne parte dos "loucos pela beleza", até porque eu sou linda do meu jeito. Tenho uma meta por questões de saúde mesmo, já que minha família tem histórico de doenças associadas ao condicionamento físico. 

Acho que todo mundo deveria ter uma vida mais saudável. É bem clichê, mas as diferenças são notáveis. Esportes, exercícios... opções não faltam! 

Para quem mora aqui em Salvador, indico os seguintes profissionais: 

♥ Endocrinologista: Dra. Patrícia Bacelar Viterbo

♥ Nutrólogo: Dr. Fernando Henrique Filho

♥ Onde eu malho: Vida Saudável Fitness

Obrigada por tudo, pessoal!