Resenha: Horas Noturnas, por Bianca Carvalho
sábado, março 14, 2015
Parem as máquinas!! Parece milagre, mas sou eu fazendo resenha. Eu sei, eu sei, demorei muito para trazer uma nova resenha literária para vocês, mas eu posso pôr a culpa nas estrelas? Não? Ok. Desculpem, mas a vida não tá fácil e money que é good nóis não have. Certo, foco, Julyanna.
Horas Noturnas é o livro de Bianca Carvalho que está em pré-venda no site da Editora EraEclipse e que pode ser adquirido clicando no banner no fim desse post. Poderia ser apenas mais um romance de época, não fosse a adição de várias doses de suspense, que fez com que a autora ganhasse uma profunda admiração de minha parte.
O livro conta a história de Maryanne Lestrange (gostaria de dizer que me identifiquei com esse Y e os dois N's), uma jovem de 19 anos que tem um comportamento muito peculiar para uma moça do século XIX. Filha de um detetive e inclinada à uma boa investigação, Maryanne - cuja mãe morreu assassinada cedo demais - não mede esforços para ajudar o pai a desvendar os mistérios escondidos atrás dos assassinatos que assolam a cidade de Sorenhill.
Quando uma amiga da garota é assassinada, dando início a um ataque consecutivo de mortes com as mesmas características. Com seu faro aguçado para encontrar respostar, Maryanne acaba instigada a descobrir a verdade por trás de tudo isso, para desespero de seu pai, Joseph, que teme que a filha acabe sendo a próxima vítima.
Simultaneamente, Maryanne tenta fugir das investidas de Darren Carmichael, o duque de Wallfair, já que não pretende se casar e está encantada por um cavalheiro misterioso que desperta a curiosidade da população por matar assassinos, pois sabe - assim como toda a cidade - que se deixados nas mãos da polícia, não serão devidamente punidos.
Eu não sou muito fã de romances de época, porque eu geral eles não trazem uma história que me envolva tanto. Mas Bianca Carvalho resolveu provar que uma história que se passa em 1863, não necessariamente é chata. Muito pelo contrário, ela pode ser incrível.
Me identifiquei muito com a Maryanne desde o início e, com certeza, não foi só por causa do nome. Quando vejo todas as regras, etiquetas e os comportamentos de uma mulher no século XIX, é quando me dou conta que não nasci na década certa. Eu não conseguiria me adaptar, sou leonina, ser controlada não é a minha e da personagem também não. Ela é determinada, corajosa, irônica e até prepotente, mas essa é a essência da protagonista criada pela autora. É graças a ela e à sua paixão por coisas misteriosas, que muito da história se desenrola, já que diversas vezes nem mesmo seu pai - que é um detetive mais inteligente que a polícia - consegue ler as entrelinhas do que está oculto.
O que eu mais admiro em livros de suspense é a capacidade do autor de manter o leitor envolvido e abrir brechas para deduções trazendo um leque de possíveis assassinos, pra no final, surpreender da melhor forma. Bianca conseguiu trazer isso de uma maneira muito legal e eu, que no começo achava tudo muito óbvio, dei de cara na porta. Além disso, ainda tem o Caçador que é o meu tipo favorito de crush. E eu recomendo o livro principalmente por ter uma escrita tão leve. Outra coisa que me assusta em romances de época é a linguagem formal que (pra ser sincera mesmo) me dá preguiça.
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