Resenha: Ser Feliz É Assim, por Jennifer E. Smith

terça-feira, março 22, 2016

Ser Feliz É Assim

Graham Larkin e Ellie O'Neill não poderiam ser mais diferentes. O rapaz é um ídolo adolescente, um astro das telas de cinema; uma vida calcada na imagem. O cotidiano constantemente sob o escrutínio dos refletores. Agentes, produtores, RPs, assessores... Já Ellie passou a vida escondida nas sombras, fugindo de um escândalo do passado enterrado em sua árvore genealógica. Mas, mesmo sem aparentemente nada em comum, os dois acabam se conhecendo — ainda que virtualmente — quando Graham envia a Ellie, por engano, um e-mail falando sobre o porco de estimação Wilbur. Esse primeiro contato leva a uma correspondência virtual entre os dois, embora não saibam nem o nome um do outro. Os dois trocam detalhes sobre suas vidas, esperanças e medos. Então Graham agarra a chance de passar tempo filmando na pequena cidade onde Ellie mora, e o relacionamento virtual ganha contornos reais. Mas será que duas pessoas de mundos tão diferentes conseguirão ficar juntas? Será que o amor é capaz de vencer — mesmo — qualquer obstáculo? E mais importante... é possível separar ilusão de realidade quando o coração está em jogo?



Desde que li A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, queria todos os livros da Jennifer E. Smith na minha estante. Logo quando (há bastante tempo) soube de Ser Feliz É Assim, ainda em inglês, desejei arduamente, mas o tempo passou e eu o deixei de mão. Agora, depois de tanto esperar e finalmente ter lido esse livro, sou um misto de felicidade contida, sorriso estampado e uma frustração que insiste em marcar presença. 

Pelo ponto de vista de Graham Larkin, um estimado ator de Hollywood, percebemos que não é nada fácil ser famoso. Apesar de fazer o que ama, ele não se sente completo porque as pessoas não dão espaço para que ele seja quem é de verdade. Quando um e-mail é enviado para Ellie O'Neill por engano, os dois dão início à uma amizade sincera e sem rótulos, especialmente porque um não faz ideia de quem o outro é. 

Graham agarra a oportunidade de gravar seu novo filme na pacata cidade em que Ellie mora, para conhecê-la pessoalmente. Mas é claro que nem tudo são flores, já que a vida da garota pode ser mais agitada do que ele pensa, e ter um astro em uma cidade pequena, vai abalar todas as estruturas possíveis. 

Mais uma vez, como sempre acontece quando leio outras obras de autores por quem me apaixonei com um só livro, apostei todas as minhas fichas em Ser Feliz é Assim, sem acreditar que Smith poderia vacilar, depois da maravilha que foi A Probabilidade. No final das contas, não vou usar a palavra "decepção" porque acho forte demais e não se aplica à esse caso. A palavra da vez é "frustração". A autora começa bem, com os e-mails dos personagens principais, vai desenvolvendo legal, com uma história que vai além do que a premissa propõe, mas faltou o desenrolar da história. 

Vejam bem, eu gostei. Mas achei fraquíssimo. Sem querer da spoiler ou confundi-los com essa resenha, tudo que posso dizer é que a autora dá margem para uma situação-problema e não a resolve. Quando se vê, fim de história, é isso aí. Sou uma leitora meio chata com o desfecho das histórias e acho que deixou a desejar. Poderia ter sido um livro mais elaborado, ainda que ficasse enorme. Um final vago, para uma proposta maravilhosa. Uma pena. 

Em contrapartida, posso falar que é uma leitura leve de um jeito que só a Jennifer consegue. Divertido e que foge ao clichê, o livro arranca uns suspiros e eu diria até, umas risadas. O Graham é muito espirituoso e quando conhece Ellie, os dois já se conhecem e trocam confidências de tal forma que não há espaço para um mal-estar. 

Ser Feliz é Assim: sem muitas expectativas, sem cair de cabeça, mas com a mente aberta e a certeza de uma leitura agradável e despretensiosa. 


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