Resenha: Cidades de Papel, por John Green

quinta-feira, maio 07, 2015

         Cidades de PapelJohn Green é aquele autor que se supera a cada livro. Depois de me deliciar com A Culpa é das Estrelas e O Teorema Katherine, tive o prazer de conhecer Quentin. O garoto de 18 anos está no último ano do ensino médio, há alguns dias de se formar. Q, como seus amigos Ben e Radar o chamam, tem um paixão platônica por sua vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman, que costumava ser sua melhor amiga quando ambos eram crianças. Com o tempo, eles se separaram e nunca mais se falaram até uma noite em que Margo invade o quarto dele pela janela e o convida a participar de um engenhoso plano de vingança. Apaixonado, Quentin aceita, já que sua vida é extremamente entediante e principalmente porque ele acredita que acompanhar Margo pode mudar a relação deles. O problema é que depois de uma noite de vingança intensa, a Margo sumiu.


Cidades de Papel foi um livro que me surpreendeu bastante e eu tive que ficar pensando por um tempo se foi de uma maneira boa ou ruim. O Quentin me lembra muito o Colin (d'O Teorema) e fiquei verdadeiramente abismada com as semelhanças dos dois, o que não início até me deixou decepcionada pela possibilidade do tio John ter retrocedido na escrita e feito dois livros bem parecidos. Ainda bem que não.

Esse é um livro com muitas metáforas e que nos faz refletir muita coisa, principalmente sobre como nós idealizamos as coisas e as pessoas, sobre como a gente sempre acha que conhece alguém. John Green dessa vez me fez rir muito com as trapalhadas de Q, Ben e Radar, mas ao mesmo tempo, me fez ficar com raiva do Q e da Margo. Durante muito tempo, eu fiquei com raiva da obsessão que o Quentin estava pra achar a Margo, uma garota que me tirou do sério por desde o início mostrar uma personalidade bastante complicada, para não dizer temperamental.

Mas no fim das contas, o desfecho do livro me deixou muito satisfeita, o que eu percebi na minha ressaca literária. Acho que o foco principal que o John tentou abordar, foi a relação interpessoal, seja ela com os seus pais, seus amigos, os caras do colégio que você odeia ou sua vizinha que você ama desde o jardim de infância. Além de abrir nossos olhos para essas ilusões que a gente cria sobre tudo.

Todo mundo tem um Quentin dentro de si, isso é absolutamente normal. E depois de ver a situação do ponto de vista dele, eu comecei a ver o livro com outra perspectiva, o que fez com o que o rumo da história me parecesse favorável. Além do mais, amo a genialidade do John em sempre fazer jus ao nome do livro. Parece sem sentido até que ele explique.

E mais, a Editora Intrínseca arrasou em manter a capa americana, já que depois de ler o livro e analisar as capas ao redor do mundo, eu percebi que a que mais tem a ver com a história é essa e é a mais linda também. Espero não ter feito parecer que este é um livro de auto-ajuda, hahahaha! Na verdade, é um livro divertido e uma leitura bem gostosa. Recomendo, viu?

Beijos e obrigada por tudo, galera! ♥


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